!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Panteras Rosa: MARCHAS LISBOA E PORTO - FOTOS

quarta-feira, julho 12, 2006

MARCHAS LISBOA E PORTO - FOTOS

Já podeis encontrar na página das panteras rosa, a partir do link www.panterasrosa.com/menu duas foto-reportagens das Marchas do Orgulho LGBT 2006 em Lisboa e no Porto. Quando tivermos, disponibilizaremos também imagens da nossa participação no Araial pride (Lisboa) e no Porto Pride.

Um destaque especial para a Marcha do Porto, que foi a primeira de sempre na cidade e um sucesso estrondoso que merece algumas referências:

- a presença de alguns (poucos) elementos da extrema-direita que tentaram provocar a marchas com pichagens homofóbicas ("paneleiros não obrigado", "gays para a forca", "gay suicida-te", etc) e uma faixa contra o "lobbie gay", acabou por beneficiar a própria cobertura mediática do evento, ao demonstrar melhor do que nós mesmos seríamos capazes porque era importante avançar com aquele evento;

- a realização desta Marcha foi o resultado da conjugação de esforços de activistas já de longa data com uma nova geração de activistas e colectivos que claramente tomaram forma naquela cidade no último ano. Nada voltará a ser o mesmo por ali, agora falta apenas exportar a dinâmica para outras zonas do País.

- o manifesto da Marcha do Porto foi um exemplo de construção partilhada, entre muitos movimentos LGBT e não-LGBT, de um verdadeiro texto unitário, que reflectiu as preocupações dos distintos movimentos, sem tentar afunilar - pelo contrário, expandiu - a agenda das reivindicações LGBT portuguesas. Um esforço notável para um manifesto que ficará na história do movimento.

- LAST BUT NOT LEAST - esta Marcha, com a sua força, foi a melhor resposta pública aos desenvolvimentos do julgamento dos jovens assassinos da transexual Gisberta, cuja farsa vai já tão longe que a própria imprensa tem criticado abertamente os procedimentos em curso e a actuação do Ministério Público. Já vimos de tudo: desde teses equivalentes à ideia de que se dispararmos sobre alguém não somos nós que matamos, mas sim a bala (no caso da Gisberta, segundo o Ministério Público, não foi quem a lançou ao poço, mas sim a água que a afogou, e daí não haver acusação de homicídio), até à tentativa de justificar a morte não com as agressões e posterior afogamento, mas sim com as doenças que fragilizavam a vítima antes das agressões.

Sim, a Marcha do Porto foi uma resposta digna ao decorrer deste julgamento. Mas até final do mês o filme judicial prosseguirá, e tudo indica que a nossa indignação terá que voltar a fazer-se ouvir, porque uma sentença que brabqueie o que se passou não é aceitável e não pode sair cá para fora sem uma resposta clara.

Já nas Marchas o exprimimos, e repetimos: em nome de todas as trans que continuam a sofrer discriminação, agressão e assassinato neste país e em todo o mundo, dentro e fora da comunidade LGBT, GISBERTA É MESMO UM NOME A NÃO ESQUECER!

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