!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Panteras Rosa: Familia Alternativa

terça-feira, abril 24, 2007

Familia Alternativa

Ao falarmos de casamento homossexual e adopção por
casais homossexuais, estamos a debater um tema bem
mais vasto; a familia.
E o que é uma familia? Social e tradicionalmente a
familia será um casal heterossexualcom filhos, onde
existe amor, carinho, afecto. Mas como a tradição e a
sociedade mudaram, temos agora um vazio, onde antes
estava um conceito estável. Já se aceita que possam
existir divórcios, que possam existir familias
monoparentais e casais sem filhos.
A nossa sociedade diz-se aberta, mas sê-lo-à? Pode uma
familia ser constituida por várias mães, ou pais a
co-habitarem num mesmo espaço? Existem várias
sociedades que dizem que sim. Igualmente existe a
adopção, mas só para uns. PorquÊ? Porque não se aceita
que amor, carinho e afecto possam existir quer para
além da heterossexualidade, quer quer para além de uma


relação de duas pessoas. Será que asoutras relações
são um antro de vícios e pecado que pdem afectar as
criancinhas? e se afectarem? Qual é o mal? Teremos que
estar sempre a pedir desculpa pela nossas
sexualidades? Será que afinal as familias se definem
por quem tem sexo com quem? Então e os sentimentos tão
bonitos e tão apregoados socialmente? Afinal a familia
parece ser oca de sentimentos, e restringir-se mais à
orientação e a práticas sexuais do que outras coisas.
Será esta a resposta ao que é uma familia? Pensamos e
afirmamos que não! Uma familia será um lugar e um
tempo de pluraridades onde se pode também educar,
acompanhar e acarinhar. "Familia" pressupõe
maturidade, conhecimento e altruísmo, partilha e
sinceridade, e estes valores são independentes de
qualquer orientação sexual e de qualquer espartilho
formal imposto social ou religiosamente.
E lembramos que a homoparentalidade existe. Pois as
pessoas homossexuais sempre tiveram filhos naquilo que
era a aparência e a prisão do casamento heterossexual
em que tantos e tantas ocultaram a sua orientação
sexual fora da norma ao longo de tantos anos e mesmo
séculos. Agora, só queremos tê-los livremente, seja
pela adopção seja pela possibilidade de inseminação
artificial das mulheres solteiras sem exclusão das
lésbicas. É preciso dizer, porque se trata de uma
realidade ainda sem visibilidade social, que há hoje
milhares de gays, lésbicas e bisexuais com crianças
que são seus filhos biológicos, quer porque os tiveram
no contexto de casamentos heterossexuais anteriores,
quer porque simplesmente decidiram fazê-los no
contexto de uma família homossexual ou monoparental.
E, já agora, que há também muitos gays, lésbicas e
bisexuais, hoje, com crianças adoptadas em Portugal,
visto que a adopção monoparental é permitida.